segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

INTERATIVIDADE NO CONSUMO

A onda da badalação da Rua Augusta é daquelas coisas que quando você acha que foi já está voltando. Exatamente nesse ritmo é que, depois de anos no underground da cidade, a Rua Augusta vem retomando seu bom e velho lugar de ferveção. Um monte de novas baladas, restaurantes e bares estão pipocando por ali, como o Tubaína, que eu estou doida pra conhecer e contar pra vocês. Isso é a prova que ok os moderninhos descolados da cidade sabem circular e se adaptar ao mais variado tipo de público e local. Mas não são só baladas, bares e restaurantes não, novas lojas estão aparecendo. Uma delas tem um conceito que eu achei genial: a Endossa - Loja Colaborativa. O princípio é o seguinte: você tem um produto a ser vendido e a loja tem o espaço. O artesão, revendedor, importador ou seja lá o que for aluga um tipo de escaninho, uma prateleira de um tamanho x (conforme sua necessidade e capacidade financeira inicial) e divulga seu produto num local que seria praticamente impossível de fazer seu comércio. Só que não é só pagar pra ter um espaço bom na loja. Quando algum produto agrada a freguesia, vende mais, ganha mais espaço na loja. Quando algum produto mica, não vende nada ou muito pouco, perde o espaço. O locatário precisa vender, no mínimo, o valor do aluguel do espaço encaixotado. Assim, é o consumidor quem decide o que deve ou não ser exposto ali. A loja dá uma força pro micro-empreendedor, que tem mais exposição dos seus produtos, mas está sempre se moldando ao gosto do freguês. Só vai pra frente o que recebe o endosso do cliente. É mesmo como eles dizem: "uma ferramenta de curadoria das marcas". Não dá pra pensar num exemplo mais bacana de coletividade e interavidade no comércio. Na loja você consegue achar um monte de coisas: canecas estilizadas, camisetas com estampas maluconas, roupas moderninhas, bolsas e acessórios bem legais, bijoux dos mais variados tipos, faixas pra cabelo, ecobags, chaveiros e móbiles de feltro, toy art, adesivos de parede, um monte de badulaques para dar de presente (mesmo que seja pra você). Na verdade é quase um bazar, uma feira organizada, onde você encontra um arsenal dos produtos mais não-correlatos, coloridos e alternativos que puder imaginar. Não, dizer que os produtos são "alternativos" seria um rótulo injusto, porque tem rigorosamente quase de tudo para todos os gostos e estilos, mas tudo diferente. A cara da Rua Augusta. Mesmo se você não comprar nada, vale o passeio, ver o grafite da entrada e descobrir o que anda passando pela cabeça do pessoal mais criativo da cidade. (Dani Krause)
Rua Augusta, 1360

2 comentários:

  1. Oi Meninas,

    Bom ver textos novos por aqui!!!! Muito bacana a ideia da loja.

    E, ainda dá tempo, Feliz 2010!

    Beijos,

    Isa (Ou Bela - A Divorciada)

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  2. adorei o blog!

    sou uma paulista vivendo na Bahia, vou acompanhar as notícias da minha cidade, já ví que aqui vou encontrar o que gosto.

    bjs
    Juju

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