sexta-feira, 22 de maio de 2009

POR TRÁS DO CEMITÉRIO

A pedido da Anne, vamos lá falar de um outro canto de Higienópolis – a Rua Mato Grosso, bem atrás do cemitério da Consolação. Lá, toda sexta-feira tem feira. E das boas. Mas não é disso que vou falar e sim da quantidade de casinhas reformadas que viraram restaurantes charmosos e gostosos nos último anos. Fui no Anita (citado aqui pela Anne) logo após sua inauguração e a-do-rei! Pedi, claro, o galeto (que na época ficava exposto bem em frente ao restaurante, na calçada, no maior estilo televisão de cachorro) com batatinhas no alecrim. A tal televisão saiu da calçada (dizem que pela vigilância sanitária) mas o restaurante continua cheio. As paredes são muito bem decoradas, assim como as mesas, o estofado das poltronas e a louça. É possível comer, conversar e ao mesmo tempo assistir à chefe cozinhar numa espécie de vitrine no final do salão. A casa é pequena (e por isso lota fácil) e, como escrito pela Dani Krause, já funcionou como um bordel em décadas passadas. Para não ficar só no Anita, vamos falar de outras casinhas reformadas perto do Cemitério. O minúsculo Bar Higienópolis tem um bom atendimento mas um cardápio limitado. E, como o próprio nome diz, está mais para um boteco do que para restaurante. Fui lá na festa de aniversário de uma amiga e curti o espaço. Seguindo ainda pelo muro do cemitério, temos duas outras opções: uma ótima e outra (para meu paladar e senso crítico) péssima. O ótimo é o AK Delicatessen. O nome do restaurante são as siglas da premiada chef Andrea Kaufmann. O espaço – assim como o Anita – é fruto de uma reforma de uma das casinhas em frente ao cemitério. Pequeno, aconchegante, charmoso. Cardápio farto e bem feito, atendimento ótimo e um couvert muiiiiiiiiito bom. A péssima opção é o Antonieta. Não preciso repetir que a casinha também foi reformada e, sim, é muito bonitinha. A reforma ficou ótima, a decoração toda rosa é charmosa, os móveis à La casa de vovó também. Mas a comida......Demorou quase uma hora para chegar um spaghetti ao pomodoro. Sim, daqueles bem simplesinhos de fazer: molho básico de tomate e uma folhinhas de manjericão. Não lembro o preço mas achei tudo caro para algo tão caseiro (os outros pratos do cardápio não passavam do óbvio ululante da culinária italiana). Não sou nenhuma mestre cuca, mas minhas massas são melhores do que da Antonieta. Anne, aguardo seus comentários! (Dani Diniz)

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