terça-feira, 19 de maio de 2009

NOITE DAS ARÁBIAS NA VILA MASCOTE

Neste final de semana, fizemos uma reunião aqui em casa e resolvi fazer uma noite árabe. Adoro comida árabe, mas, por óbvio, eu nem me atrevo a começar a fazer nada. Encomendei toda a comida, coloquei umas velinhas e fiz um clima na casa. Aqui em São Paulo não faltam opções para matar umas vontades inesperadas (mentira, pra mim, são sempre bem esperadas) de uma comidinha assim. O Almanara é impecável sempre (a esfiha de verdura e a salada almanara são o que há), o Tenda do Nilo é marcado pelo jeito caseiro das irmãs Olinda e Xmune (o melhor falafel do mundo todo tem lá), o simples que satisfaz do Jaber, as delícias do Brasserie Victoria e o Arábia para uma ocasião mais sofisticada. Mas, pra mim, merece comentar o Halim ali na Rua Rafael de Barros no Paraíso (onde acabei fazendo as encomendas). Quando eu e o marido trabalhávamos ali pertinho frequentávamos mais, mas sempre é tempo de revisitar o lugar. Aliás, pelo menos pra quem conhece, é quase uma lenda urbana materializada. É uma tradição tão típica do lugar a comida ser boa e o atendimento ser desajeitado que não dá pra pensar em ir até lá e não ter algumas experiências diferentes. Eles reformaram o local em 2007 e ficou maior e mais bonito, mas continua com aquele mesmo ar simples e tradicional de que eu gosto tanto. O atendimento é um pouco estranho, os garçons parecem sempre estar de mal com a vida e não ouvir absolutamente nada do que se pede (sabe aquela sensação de que alguma coisa vai vir errada?), além, claro, de não ter passado um único dia em que a conta não tenha vindo com uns errinhos de cálculo (sempre para mais, claro), saindo do caixa comandado por uma senhora brava de cabelos cor de fogo (no fundo, acho que a gente tinha até um pouco de medo dela...). Eu sempre entro no Halim com o espírito preparado e acabo achando tudo muito hilário. Pode parecer esquisito, mas não é desagradável. Na verdade, fica até bem engraçado se você já souber o que te espera e não der muita bola pra certos “detalhes” (num lugar assim, eu não dou). Mesmo porque (e isso é realmente o mais importante) a comida tradicional vale a pena. Só para dar uns exemplos, a esfiha folhada de carne, a kafta com queijo, a abobrinha recheada e o michuí de filé merecem destaque, assim como os doces que são realmente muito bem feitos e fresquinhos. O negócio é que, depois de muito conversar para que a minha encomenda saísse certa, saiu tudo certo. E tão certo que foi o maior sucesso em casa. Depois de receber todos os elogios que, na verdade, não seriam “só” para mim, fiquei pensando que não dá nem pra imaginar um Halim descaracterizado com ótimo atendimento, toalhas de pano sobre as mesas, garçons sorridentes ou conta certinha e rápida. Afe, que chatice que ia ser! Não ia ter a menor graça. Nem o mesmo sabor... (Dani Krause)

Restaurante Halim - Rua Dr. Rafael de Barros, 56 - Paraíso

3 comentários:

  1. Meninassss!!! Tenho uma dica para vocês: o Dona Florinda, ali na rua Aspicuelta da Vila Madalena. Já falei deles pra vcs? É demais. Saladinha ou sopa + massa caseira + suco ou refri ou água + café = 25 reais. E é tudo delicioso!!! bjs. Anne.

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  2. Falem do Anita, ali em Higienópolis, na rua Mato Grosso!!! A Dani Diniz já foi e adorou, como eu. O galetinho é sensancional. Estou com água na boca. Com o angu mole, uhu!!!! bjs. Anne.

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  3. Ah, sim, o Anita é bem legal! Vamos falar sim. Afinal, não é todo dia que a gente almoça numa casa da década de 30 que foi um bordel... hahaha. O outro está na fila para conhecermos! Valeu as dicas, Anne! Beijos! Danis

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